Fevereiro de 2011 vai ficar para sempre ligado à história do Egipto: quase trinta anos depois, e passadas 3 semanas de protestos intensos, Mubarak entrega o poder ao Exército. Aquele país vai mudar! Não sabemos se para melhor ou para pior, o tempo o dirá.
Independentemente de qualquer tipo de análise histórica ou política, a verdade é que aquele movimento, aquela luta de um povo, não nos é nada indiferente. Ver uma multidão - centenas, milhares, por vezes milhões de pessoas - a perseguir um ideal deixa-nos fortemente impressionados. É uma força enorme, volátil, influenciável, capaz do melhor e do pior. Não sei explicar porquê – embora suspeite que os sociólogos tenham isso mais que documentado – mas as revoluções exercem em mim um magnetismo muito grande. Todas elas, as boas e as más. É bom perseguir um ideal em conjunto, pertencer a algo maior que nós próprios, lutar para tomar o destino nas nossas mãos. Contudo nem sempre é fácil saber que guerras travar, que posições tomar e, mais difícil ainda, acertar na estratégia certa para conseguirmos ser factor de mudança ou crescimento! Este é o grande desafio, saber a que é que devemos aderir… quais são as tuas lutas, as pequenas ou grandes revoluções, interiores ou exteriores, nas quais te queres comprometer?